Museu Nacional da Irlanda: imperdível complexo de museus em Dublin
The National Museum of Ireland, ou Museu Nacional da Irlanda, é uma antiga e muito bem administrada organização, inicialmente estatal, composta de 4 museus na cidade de Dublin.
Fundado em agosto de 1877 por um ato do Parlamento, o museu – à época somente UM museu – era responsabilidade do Departamento de Ciência e Arte, o mesmo que administrava os museus em South Kensington, Londres.
A transferência de valiosas coleções privadas (por exemplo, do Trinity College de Dublin e da Real Academia Irlandesa, bem como o apoio estatal, permitiram a construção de uma nova instalação (um novo prédio) na Kildare Street, aberto ao público em 1890, para abrigar parte deste acervo.
Este primeiro museu abrigava relíquias irlandesas e uma coleção etnogeográfica, e dentre muitas peças de elevado valor histórico, podemos mencionar o Broche de Tara e o Cálice de Ardagh. Com o passar dos anos, peças e obras foram recolhidas, separadas por sua natureza, catalogadas e tremendamente bem cuidadas, enriquecendo o acervo da instituição.
Evoluindo: Kildare Street
Neste segundo prédio contruído, na Kildare Street, os mais variados artesanatos e obras de menores dimensões irlandesas, inglesas e continentais foram exibidos, e o apoio do Estado permitiu, além de financiamento estável para a manutenção destas instalações, um intercâmbio com outros museus em Londres e Edimburgo, o que, claro, beneficiou a todas as partes.
As coleções cresceram com material adquirido através da compra, doação pública e aquisições estatais de obras e coleções dispersas pelos museus de Londres.
Catálogos foram preparadas por especialistas em várias disciplinas e impressos na própria gráfica do Museu.
Em 1900, o controle destes estabelecimentos passou ao Departamento de Agricultura e Instrução Técnica e em 1908 seu nome foi mudado de Museu de Arte e Ciência de Dublin para Museu Nacional de Ciência e Arte.
Em 1921, o nome da instituição foi mudado outra vez para Museu Nacional da Irlanda. Este é o nome que perdura.
Após a fundação do Estado Livre em 1922, os edifícios antigos que pertenciam a Royal Dublin Society, a Leinster House (que tinham sido transferidos para a propriedade do Estado, juntamente com coleções do museu à época em que foi criado 1877) foram escolhidos para abrigar o novo Parlamento (Dáil).
Nesse momento, era necessário gerar espaço para as atividades e instalações do Estado, e algumas das galerias de exposição em Kildare Street foram ocupadas para este fim.
Ao prédio do Museu de História Natural foi dada uma nova entrada diretamente para a Merrion Street, e mais alguns pequenos arranjos arquitetônicos foram feitos para que o prédio, em seu interior e em sua fachada, permanecesse harmônico.
A responsabilidade sobre o museu passa então ao Departamento de Educação, em 1924; em 1984 foi transferido ao Taoiseach´s Department (Parlamento) e, em 1993, para o novo Departamento de Arte, Cultura e Gaeltacht (mais tarde Departamento de Artes, do Patrimônio, Gaeltacht e Ilhas).
Gaeltacht abrange todas as áreas da Irlanda em que o irlandês é reconhecido como idioma predominante. E atenção: irlandês e gaélico não são o mesmo idioma!
Em 2002, o Departamento de Artes, Desporto e Turismo passa a ser o controlador, administrador e responsável pela vida dos museus.
Chegamos ao século 20
Já no século 20, as grandes preocupações do Museu Nacional da Irlanda foram a aquisição de espaço suficiente para a exposição e armazenamento das suas coleções, bem como a seleção e contratação de pessoal qualificado, tão importante para a curadoria e cuidados com as coleções e a prestação de serviço público adequado.
Oportunidades para novas instalações surgiram na sequência de uma decisão do Governo em 1988 para fechar Collins Barracks, em Dublin.
O complexo começou em 1702 como “The Barracks”, mudou no início do século 19 para ‘Royal Barracks “, e foi renomeado Collins Barracks em 1922, quando foi tomado pelo governo do Estado.
Os edifícios originais foram projetados pelo coronel Thomas Burgh e o complexo, que inclui edifícios dos séculos 18 e 19, foi alojamento de tropas militares por mais de duzentos anos.
A partir de 1994 o Museu Nacional da Irlanda poderia dispôr destas instalações e a primeira exposição neste novo local aconteceu em 1997.
O Museu da Vida no Campo, também chamado de Museu do Interior, é o mais afastado da Dublin Central, foi aberto em Turlough Park, Condado de Mayo.
Turlough Park House e seus jardins abrigam coleções nacionais que se referem a Irish Folklife, ou à vida interiorana na Irlanda, com tudo o que ela tem de mais enraizado; as coleções desse museu são voltadas ao artesanato tradicional e à vida cotidiana na Irlanda rural no século, desde a Grande Fome.
Todos os prédios, instalações e acêrvos atravessaram algumas modificações em suas estruturas e sistema de governança, na década de 1990. Um conselho interino foi nomeado em 1994 para supervisionar o desenvolvimento de Collins Barracks e para enfrentar os desafios envolvidos nos projetos dos quatro museus, como um todo.
Na atualidade, os quatro museus que compõem o Museu Nacional da Irlanda são entidades sem fins lucrativos e comerciais, com apoio financeiro do Estado e da iniciativa privada, irlandesa e internacional.
Dos quatro museus, eu conheci em parte dois deles, que são o Museu de Arqueologia e o Museu de Artes Decorativas e História.
Cada um deles vai merecer um post detalhado, e por hora, o que recomendo é que, se você está planejando uma visita à Irlanda, por favor reserve algum tempo para visitar cada um destes museus.
É a Irlanda contada, ilustrada, documentada de uma maneira encantadora.
Imagens extraídas de www.museum.ie, utilizadas com licença da instituição.
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